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11 de dez de 2021
Foram muitos os ativistas, empresários e estudiosos das mudanças climáticas com quem conversei em Glasgow. Entre eles, Francisco Gaetani, que foi Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, que falou sobre o papel da sociedade civil, do setor empresarial, dos setores financeiros, que ocuparam o espaço deixado pelo governo do Brasil.
Gaetani ressalta que o governo brasileiro tentou fazer “um esforço de recuperação, de fazer um controle dos danos que aconteceram nos últimos 30 meses”, mas esses danos foram muito graves e cabe aos setores da sociedade civil, empresarial, de organizações, assumir essa tarefa para tentar combater o desmatamento na Amazônia, por conta da omissão do governo e dos impedimentos provocados aos órgãos públicos: “Os órgãos estão manietados, sem recurso, sem pessoal, e acho que depende de um esforço de toda a sociedade brasileira, para que ela cumpra a sua parte.”.
Concordei, é claro, que foi enorme o prejuízo ao Brasil causado pela omissão ou pela ação anti-ambiental do governo brasileiro, mas ressaltei que o Brasil continua protagonista nas discussões pela presença da sociedade civil, do setor produtivo, das populações tradicionais, a Academia e de profissionais como Gaetani, que seguem trabalhando para que nosso país contribua para que as negociações internacionais tenham bom resultado no combate às mudanças climáticas.